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Mostrando postagens de março, 2022

Enquanto tem neurotipico e autista "brincando de ser ativista", tem autista passando fome

Enquanto tem neurotipico e autista "brincando de ser ativista", tem autista passando fome Inclusive conheço vários que estão em situação péssima, sem comida, mulher autista sem absorvente, gente que está no vermelho e mora de aluguel Nunca que eu vou defender um protagonismo autista pequeno burguês, esses conseguem se virar, o meu objetivo é com a galera da baixa Por isso que fico puto com autista classe média alta que só promove ativismo que o beneficie, e não dá galera que não está em universidade, ou não nas públicas, não tem dinheiro, passa fome, risco de morar na rua, sem apoio da família É foda você ver autista em situação fodida e não poder fazer muita coisa, enquanto tem gente que fica sempre fazendo as mesmas coisas com as mesmas pessoas e nos mesmos espaços --- 29 de março   Fonte https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0sB5yANCuhtFQahYqQX8KrpvZNHUs2MNm2NouaRPBDEgL7TewHvwJ6pP2U3ogxRNEl

Universidade pública e o estudante de universidade particular

É difícil a galera que sempre frequentou universidade pública assumir que um estudante que veio de universidade particular possa ter tanta bagagem de conhecimento, ou possa construir um raciocínio complexo e que faça sentido Isso acaba gerando algumas defesas sem muito sentido da universidade pública (principalmente por quem é do stricto sensu), defesas que na verdade mais prejudicam a universidade do que a tornam um lugar de emancipação do aluno e da livre circulação do conhecimento O debate "se o EaD pode ser colocado nas universidade públicas" é um exemplo disso. Pois se trata que o uso do EaD automaticamente sucateia o ensino, e não o neoliberalismo, acabam tratando o EaD como fim, e não meio, e isso é péssimo para a diversidade Péssimo pois quem terá condição de frequentar uma universidade pública, muitas vezes fora da sua cidade de origem, é a galera da classe média para cima que tem alguém para bancar aventura acadêmica. Quem não tem como, se for, vai com grandes chanc...

O canal Autismo Pensante e a pausa

Pessoal, vou fazer um aviso para quem me acompanha aqui e, principalmente, acompanha o meu trabalho no canal no YouTube A partir de agora, farei uma pausa por tempo indeterminado no canal O Autismo Pensante é, de longe, o trabalho na internet que mais me dediquei, iniciei o canal em 2018 com o objetivo de falar do espectro autista a partir de uma linha mais coletiva e do modelo social da deficiência, a partir disso, comecei a falar inclusive de outras pautas Pautas essas que envolviam o universo PcD e de outras minorias sociais, sejam de classe ou identidade. Foi o projeto que mais me fez aprender sobre pautas sociais e de direitos humanos, alguns dos vídeos foram bastante elogiados, além do canal como um todo pelo carinho na produção Porém, isso tudo demanda muito tempo, energia, psicológico e até recursos financeiros para manter. O canal nunca foi monetizado, recebi muito pouco apoio financeiro, alguns apoios morais, e em alguns momentos, muitas críticas negativas e ataques, inclusiv...

Universidades públicas e o EaD

As universidades públicas devem fornecer cursos de graduação e pós no formato à distância, mas as universidades ainda não estão preparadas para essa conversa Para ter ideia, na UNILA, que é uma das poucas federais que tentam dar mais autonomia ao aluno, desde o início da especialização, todos os professores falaram em aula que achavam melhor ser presencial E bem, se você manja de discurso, sabe o que isso significa Muitos professores tem real preconceito com ensino à distância, mesmo se for aula síncrona, e esquece que, para eu fazer especialização em Direitos Humanos, só consegui porque não precisei ir de São Paulo até Foz do Iguaçu, algo que é inviável sem suporte financeiro Minha turma tem gente de todo o Brasil, tem gente de outros países, e bem possivelmente isso aconteça com outros cursos que iniciaram no EaD Fico imaginando o tanto de gente, da graduação ao stricto sensu, trancando ou desistindo de um sonho porque as instituições são inflexíveis Hoje sei que terei que ficar em F...

Como as Democracias Morrem de Steven Levitsky

Eu acabei de ler o livro "Como as Democracias Morrem" de Steven Levitsky Em resumo, não é um livro que fala sobre democracia, mas sim da democracia estadunidense Para começar, vale dizer que é um livro bom caso você queira entender como funcionam algumas dinâmicas da política estadunidense, inclusive históricas. Po´rem, a parte boa do livro para por aqui O primeiro grande problema do livro é que ele segue uma visão bem abstrata do que é autoritarismo e se abstém de definir que, pelo menos em parte, Estados Unidos foi e continua sendo um governo autoritário ao que se refere a minorias sociais O exemplo mais evidente disso é em relação a política estadunidense de democratas e republicanos voltada a segregação racial, bem como o direito ao voto. Steven ignora que essa política, no qual resultou em um prolongamento para evitar embate, já não classifica como democrático O segundo grande problema desse livro é colocar Trump como uma exceção na política nacional. Por mais que se exp...

Sobrenomes portugueses

Por que a galera que tem oportunidade em qualquer coisa quase sempre é quem tem sobrenome "chique", ou não português? Porque assim, os sobrenomes portugueses são os mais comuns no Brasil, mas a maioria esmagadora de quem têm posições na academia (incluindo graduação pública), mercado de trabalho e na política não são dessa galera, não há os Silva, Rodrigues, Oliveira, Souza Há uma espécie de "desvantagem invisível" que se segue pelo sobrenome, e não duvido que estejam conectados diretamente a questões de classe (e mesmo raça) É algo que não vejo outros apontando como problemática, talvez até há parceria entre pessoas de sobrenomes não portugueses --- 7 de março Fonte https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid02W1FfQJoMVWQZNev8tvaAqy51c3rcQgUaUiF4T3va8M7B8hJiGT1E3ucmmuP39Wfl