Comunicação Facilitada e Comunicação Alternativa e Aumentativa
- quinta-feira, outubro 28, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Anda circulando pelo Instagram um vídeo de um autista grau 1 que crítica a Comunicação Facilitada (CF), o diferenciando da Comunicação Alternativa ou Aumentativa (CAA), ao mesmo tempo que diz que autistas que escreveram com CF na realidade não escreveram
A ideia defendida é que a prática da CF é pseudocientífica e que não corrobora com o "prejuízo motor, ao invés do cognitivo", o exemplo usado é o livro "O que me faz pular", de Naoki Higashida, onde se diz que foi a família que escreveu
Isso claramente cai em algumas falácias
A primeira é que se associa diretamente o autismo, principalmente grau 2 e 3 (em sua maioria, não oralizados), com a deficiência intelectual, argumento que não se sustenta na realidade, pois a falta de comunicação oralizada ou ação motora não é indício de falta cognitiva ou QI
O que cai em uma segunda falácia, de que autista grau 2 e 3 não tem capacidade de escrever uma obra. Obviamente pelas limitações físicas, é preciso de um facilitador que escreva por ele, mas o conteúdo não é do facilitador, sim do autista
É como se eu pedisse para "Tiago" (nome fictício) transcrever áudios meus e transformasse em uma publicação de rede social. Quem é o autor da publicação? Tiago que só escreveu, ou eu que fiz o conteúdo e disseminei em formato de áudio?
Com isso, a gente tem que tomar muito cuidado em simplesmente falar que autista grau 2 e 3 não é autor de uma obra por um motivo fraco e sem contextualizar (entendo que vídeo de Instagram não dá para se aprofundar no assunto), pois acaba fomentando capacitismo
Falando em pseudociência, curioso pensar que tem até autista tratando a ABA como algo científico e Comunicação Facilitada como pseudociência
Ter autista grau 1 tratando algo que contribui para a emancipação de autista como pseudociência, invalidando autista grau 2 e 3 é algo que eu realmente não esperava ouvir dentro do movimento autista
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Fonte
https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid02UJ5BoHt9pGAV3DHXTfmwWvEteXVgJgPQ4iQY9MohrGGdfH5FbTFi1Ku7QnyZQMkxl
O capitalismo vai cooptar cada vez mais a deficiência, assim como fizeram com mulheres, pretos e público LGBT
- sexta-feira, outubro 22, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Provavelmente você já tenha pensado nisso, mas falo mesmo assim
O capitalismo vai cooptar cada vez mais a deficiência, assim como fizeram com mulheres, pretos e público LGBT
Assim, o capitalismo por meio de perspectivas liberais sempre teve, como seu objetivo, cooptar qualquer luta que visava a emancipação das classes oprimidas, e com os movimentos identitários não é diferente
Isso acontece desde sempre, como exemplo, o próprio movimento negro estadunidense (boa parte, pelo menos) acabou se aliando ao mercado, tornando a pauta de raça vendável pelo mercado, com dizeres de ordem e empoderamento que servem para grandes empresários lucrarem em cima de pretos pobres e periféricos
No Brasil, boa parte dos movimentos identitários, por não pensarem no núcleo do problema, que é o sistema que visa o lucro acima de tudo, acabam abandonando ou ignorando os problemas reais e se aliam ao mercado. Movimentos diversos, relacionados a identidade ou classe, acabam sendo cooptados pelo capital, os domesticando a praticarem um ativismo que vai até onde a elite financeira nacional deixa ir
E o movimento de pessoas com deficiência não é diferente, vejo que há uma movimentação para que as PcDs sejam domesticados, os tirando o pensamento de revolução e colocando o liberal. A pergunta é, será que as PcDs estão percebendo isso? Se sim, o que está sendo feito para evitar?
Muito me entristece que o movimento não esteja atento a essa movimentação que está se iniciando, indo inclusive na direção contrária, deslegitimar críticas por pura questão de representatividade
Qual é então? Vamos preferir uma PcD que é liberal, que faz críticas a sintomas do problema, e siga a linha "venci na vida" enquanto outros tantos são oprimidos todos os dias? Se o ativismo atual se resume a isso, meu trabalho é deixar essa prática mais profunda, sair do raso
Todo movimento precisa atender suas demandas, mas sempre com o pensamento de que todas as opressões envolvem um ponto em comum, luta de classes
Os próximos anos serão bem difíceis para o movimento PcD
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Fonte
https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid02o7X3Ykhmwc3fbBEPsf7k9o2p5JZUQRQAA5CUZB9AmYgcDZjhAWot88m1rytdx74il
Greta Thunberg chamou Xi Jinping de "líder de uma ditadura" e disse estar disposta para dialogar com Biden
- domingo, outubro 17, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Greta Thunberg chamou Xi Jinping de "líder de uma ditadura" e disse estar disposta para dialogar com Biden
Sabe por que isso é complicado?
Vamos lá, Greta é ativista ambiental, ficou famosa por seus discursos voltados a defesa do meio ambiente e crítica aos países que mais poluem no planeta. E qual é o problema de não dialogar com a China e sim com Estados Unidos?
Um dos motivos é que Estados Unidos não se preocupa nem institucionalmente com práticas ambientais, visto que sequer assinou o protocolo de Kyoto (1997), que visava redução de gases que produzem efeito estufa
A China também foi responsável por algumas décadas pela poluição atmosférica, porém isso está mudando, visto redução de 65% e 60% em dióxido de enxofre e óxido de nitrogênio, respectivamente, mesmo assim, temos que considerar a emissão per capita e histórica
A emissão histórica claramente aponta que, sozinho, Estados Unidos foi responsável por pouco mais de 1/4 de toda a poluição atmosférica global desde o 1750
Per capita é ainda mais evidente, China fica em 48º (7,1 toneladas), enquanto Estados Unidos em 14º (16 toneladas). Fora o fato que a China ainda está em crescimento econômico, e Estados Unidos já é desenvolvido, por que cobrar só da China?
Qual é a ideia de criticar Xi Jinping, o chamando de ditador, o mesmo governo que recentemente tirou quase 100 milhões de chineses da pobreza extrema? Que ditador faria isso com seu povo?
Por que “a democracia é a única solução para a crise climática”, se regimes ditos democráticos, como o do Estados Unidos e europeus são os que mais prejudicaram o meio ambiente?
Será que Greta não leu sobre como países do norte global, especialmente Europa, descartam seus lixos em países de África?
Greta tem um potencial enorme dentro do ativismo global no que se refere a conservação do planeta, mas tem que deixar de lado esse imperialismo enraizado de ser uma mulher sueca
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Fontes
https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0Q8q2epaAUocFoZ54494NVg2mgtAkH5cggyMCjUMGPdvoeiGdKpcaLmSUmFnrw9y9l
https://observador.pt/2021/10/12/greta-thunberg-chama-a-xi-jinping-lider-de-uma-ditadura-e-esta-disponivel-para-se-encontrar-com-biden-dependendo-da-situacao/
https://www.brasildefato.com.br/2021/07/06/analise-a-china-e-mesmo-a-principal-vila-do-aquecimento-global
https://veja.abril.com.br/ciencia/china-cumpre-com-metas-ao-reduzir-a-emissao-de-poluentes/
https://oglobo.globo.com/economia/parceria-brasil-china/china-contribui-para-reducao-da-pobreza-no-mundo-24074955
https://portugaldigital.com.br/china-tira-99-milhoes-de-pessoas-da-pobreza-extrema
Pessoal, o problema da "educação inclusiva" não é ter ou não ter matéria diferente, é a estrutura da educação brasileira e sua legislação
Podem falar o que quiserem, mas se até mesmo com laudo tem escola que discrimina autista, ou não aceita aluno PcD, ou não promove acessibilidade, por que então falar que a escola deve ter acessibilidade mesmo aluno ser PcD sem laudo? Isso não resolve, o alvo fica em Brasília
Para ter noção, dentro do ensino superior, laudo com mais de 90 dias instituição nem aceita mais para vaga de cotas. Claro que é má vontade da universidade, mas também má vontade política no âmbito nacional, estamos longe ainda de acesso, quanto mais inclusão
No fundamental mesmo se tem uma má vontade do poder público de ter um quadro de professores de "educação especial", não é a toa que muito professor diz que precisa de documento comprovando autismo, por exemplo
De qualquer forma, o ideal, algo que sempre temos de buscar, é ter acessibilidade e inclusão em qualquer espaço sem precisar de laudo ou qualquer outro tipo de documento comprovando a condição, e nas escolas e universidades não é diferente
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https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0px6rEnMGC8kfez6Ew7XcdLs6w8PzqrBGF8K5yBGhmihCUYc2vtb8W4B5TB7zZ28nl
Teve gente que leu sobre capacitismo e não entendeu
- sábado, junho 26, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Só para explicar algumas coisas aqui, já que teve gente que leu sobre capacitismo e não entendeu rs
Autismo não é doença porque não se pega, a causa é genética (97% para ser mais exato), mesmo estando na CID, não significa que é doença, mas transtorno (e mesmo assim, é problemático)
Sobre tratamento, depende muito, falei da ABA neste perfil e sobre ela não ser ciência e ser antiética pela proposta de normalização
Há certas práticas que melhoram sim na qualidade de vida do autista, como a diminuição de crises, sempre lembrando que o ideal é tratar de assuntos bem mais importantes, como acessibilidade e diminuição de barreiras, especialmente a atitudinal
O orgulho de ser autista não é sobre mães e pais de autistas, muito menos de profissionais da saúde, são sobre os próprios autistas. E acredito que as pessoas devam ouvir mais os autistas, do que tentar adivinhar o que o filho autista precisa ou não
Se uma pessoa leu sobre capacitismo e promove uma patologização do autismo, leu errado e ainda promove uma hegemonia do modelo biomédico, esquecendo de que o autismo também é social
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https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0nQ83yQKk6FtiRTEzX9F4DkHRowpPGkhBvYxHW36Q818tTVnNdWyk1T4oR3ZZk8Jal
Acho tão engraçado esse pessoal "das antigas" falando "no meu tempo que era bom, dava para brincar na rua, as crianças respeitavam os mais velhos, e ai de quem não respeitasse, não tinha tanta tecnologia, não tinha rede social e tudo mais"
O engraçado desse pessoal, é que justamente eles que possuem problemas não resolvidos com seu psicológico, e costumam compartilhar mais notícias falsas. Agora as gerações seguintes têm de lidar com o peso de uma geração que não quis enfrentar seus problemas, e ainda enfrentar as dificuldades de seu próprio tempo
Por exemplo, hoje existe a brutal dificuldade de sair da casa do pais pelo fato de que os imóveis aumentaram de preço ao ponto do poder de compra não conseguir mais suprir essa demanda, quando se consegue, a pessoa tem de morar em lugares muito mais afastados pela gentrificação. Mas afinal, isso é preguiça dessa geração em conquistar seu próprio dinheiro para ter a casa própria? Não querer sair do conforto da casa dos pais? Ou Além do preço dos imóveis terem o valor real aumentado, há uma dificuldade em conseguir emprego estável, mesmo com um diploma?
Outro exemplo é a cada vez mais precoce epidemia de pessoas com problemas psicológicos e psiquiátricos, como a depressão, estresse pós traumático e síndrome do pânico, coisas que podem ser lidadas caso houvesse uma dedicação maior a saúde mental, mas que foi colocada para debaixo do tapete pela geração anterior e agora a geração seguinte tem de lidar com essa falta de cuidado. Como dar muita liberdade para o filho, não olhar que tipo de coisa ele está vendo no celular, ao mesmo tempo que o trata como um ser que não pensa e não sabe o que ocorre em volta, como se a pessoa não pudesse internalizar isso
Obviamente a geração anterior não poderia resolver todos os problemas, mas manter alguns desses problemas, enquanto criam outros, e ainda usam esses fatores como justificativa para dizer que a geração em que viveu era melhor? Bem, acredito que isso seja só etarismo, e não uma tentativa real de fazer a vida da geração seguinte um pouco menos inacessível no sentido de estabilidade e mais saudável no sentido mental
Mas então, o que acha? A geração anterior contribuiu para os problemas da geração atual, ou a geração anterior nada poderia ter feito para mudar e a geração atual tem de lidar com isso? E o mais importante, como a geração anterior pode contribuir, ou não, na vida da geração atual?
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Pessoal, algo importante, e é sobre autismo
- quinta-feira, fevereiro 25, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Pessoal, algo importante, e é sobre autismo
Quando eu faço ativismo sobre autismo, falando sobre o tema, isso não significa que o autismo é mil maravilhas. A questão é, as coisas ficam difíceis pelo fato de eu ser autista, ou pelo fato das barreiras que a sociedade coloca?
Basicamente, você, autista, trata os problemas de ser autista sob uma perspectiva individual ou coletiva? Porque se for individual, é quase natural que você chegue na conclusão "eu não queria ser autista devido a X coisa"
Agora, se você sabe que o problema é em razão do coletivo, muita coisa se abre ao pensamento, e muita coisa que antes permitia uma não aceitação da própria condição deixa de existir. Eu passei por isso, mas só sai dessa espiral maldita depois de aprender muito
Infelizmente, alguns autistas ainda não se aceitam pois não aprenderam o suficiente sobre os reais problemas de ser autista (bem como PcDs), que são as barreiras, essas geradas por políticas nocivas, preconceito das pessoas, não tratar a acessibilidade como o padrão, etc
Então, sempre quando você ver um autista falando sobre "não querer ser autista", ou algo similar, o problema está na não aceitação da pessoa como autista, ocasionado por uma lacuna de aprendizado sobre as questões mais coletivistas
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Recado para essa galera autista de Direita
- sexta-feira, janeiro 29, 2021
- By Ricardo Oliveira
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Recado para essa galera autista de Direita
Vocês são os primeiros a desistirem, vivem falando que são atacados, mas frequentemente assediam pessoas (inclusive sexualmente, casos que tive de lidar também), fazem invasão de perfis, e vivem de um suposto ativismo individualizante
Na boa, vocês não aguentam ativismo de verdade, é um bando de gente fraca que prefere deixar o protagonismo autista para o Marcos Mion. Não aguentam críticas e chamam de ataque, e quando a narrativa de "ataque" não serve, começam com xingamentos misóginos como "vaca" (é de você mesmo que se referiu a Rita e Carol nesse linguajar que estou falando), começam a chamar de falso autista, independente se a pessoa tem ou não laudo
É a mesma galera que tem blog de extrema direita, bem ao estilo incel mesmo, com argumentos neonazistas, ou que não aguenta uma crítica construtiva e já bloqueia porque é mimadinho e não desce pra praça brincar com a garotada
De verdade, na boa, no dia que vocês pararem de brincar de ativismo, elevarem o debate entre vocês, e não usarem mais falácias lógicas para rebaterem as críticas, só então que talvez eu volte a tratar com o mínimo de seriedade, no mais é só deboche mesmo, porque ver vocês se achando superimportantes, para mim, é puro entretenimento
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https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid025FE1vfwLDKs3JsfbSDxSyMB3W5hA7qQeeg686CgoHV9wV1CJBXTbqVDGsBCaUDFfl
Pode parecer estranho o que vou falar, pode parecer anacrônico, mas esse texto é e será um recado para os autistas que conseguem um pouco de privilégio acadêmico
Quando falo de privilégio acadêmico, digo de autista que se forma em universidade pública. Por isso que preciso que você compartilhe essa informação!
Para você, autista, formado em universidade pública, não é porque você é autista, que você deva falar sobre tudo por toda a comunidade, afinal, autista em universidade pública é um recorte MUITO ESPECÍFICO
Vejo muito isso acontecer no movimento preto e feminista, onde quem tem a voz no movimento é quase sempre (para não falar sempre) gente formada, por exemplo, na USP, Unicamp, ou federal, e gente que é formada em particular, ou nem formada é, ser a minoria da minoria
Isso dá a impressão de que gente formada em pública é mais politizada, o que não é necessariamente verdade, há muito "parceiro" de pública nos movimentos que, mesmo estando no mesmo universo, lá na frente se alia com o burguês, com o político de direita, com o inimigo
Se alia no sentido de participar de um comitê de diversidade de empresa que fez cagada e quer usar o "ativista" como um token / símbolo, justamente para fomentar uma gestão de crise, no final mudando absolutamente nada, com ações na bolsa subindo e comitê tendo poder nenhum
Tem muita gente formada em particular ou sem formação que fez e faz muito mais do que aquele formado em pública, que é da mesma minoria, mas quer resolver a opressão a própria minoria de maneira reformista e/ou liberal, o que considero como paliativo, ou mau caratismo mesmo
A academia é importante, principalmente a pública, mas não podemos nos pautar somente em um local que, por mais que seja ferramenta de ascensão social, continua fazendo parte de uma estrutura de opressão e dominação de classes
Pode parecer estranho o que falei nesse texto, mas falo já analisando o que pode acontecer no movimento autista, justamente porque observo outros movimentos de minorias
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Fonte
https://www.facebook.com/AutismoPensante/posts/pfbid0cyrRkRVxYaSGgxu4tAuYAqN7xQfzQLAraa8aUUDn9Zba8GenBz94uMgw6jSTq8C3l
