Autismo Pensante

Sim, obviamente, para quem ainda sabe da existência desse blog, sabe que aqui está parado há vários anos. Os motivos são variados, seja pela falta de tempo, a pouca vontade de escrever, ou mesmo por não usar o Blogger e preferir textos nas redes sociais. Recentemente eu tive uma ideia que possa unir o que já faço com esse pequeno espaço de compartilhamento de ideias. Sei que não sabe, mas muita coisa mudou na minha vida, desde o meu autoconhecimento e autoaceitação sobre o espectro autista, o ativismo que faço, a produção de conteúdo que faço, além de elementos da minha vida. Essa ideia basicamente se propõe a pegar tudo o que já fiz e colocar no blog, muito por conta do uso que quero fazer do algoritmo de pesquisa do Google. Ou seja, a partir de agora terão textos antigos meus de redes sociais, transcrições de vídeos meus no YouTube (se possível) e talvez compartilhamento de informações importantes de outras pessoas que acompanho. Sobre o nome do blog, bem, é evidente de que vai mudar...

A gente precisa parar com esse argumento tosco de que quem votou no Bolsonaro (ou quem apoia ele hoje) o fez por desconhecimento (principalmente de classe média para cima) Bolsonaro presidente envolve também identificação --- 30 de maio às 14:19 Fonte https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0KC3TQcdzafEMWsmkxmUjycQPEFTjFdPzXEGHC5DAi4RXtMLfDMzxCRou4zT59YSZl

Policial antifa Acougueiro vegano Capitalista a favor de pobre Liberal a favor de liberdade total Advogado que não mente --- 29 de maio às 12:20 Fonte https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid0RmjTkB5R58oicxoYeCKrL54sE5QeAEbjeufdAmb5nLTSznwXDj8DzhpQdeszTtPfl

Sobre essa "polêmica" do termo "denegrir" e pessoas dizendo não ser racista, me lembra dessa fala... "Não vejo ofensa nenhuma não, não vejo nenhuma conotação racial pra essa palavra. Por exemplo, uma palavra como judiar, se a gente falar 'nossa, aquela menina tá judiando do outro, pega lá o menino que ele já tá judiando do outro', eu não vejo intenção nenhuma de judeu, de judiar com intenção racista se referindo a judeus" (sic) "O autoritarismo do politicamente correto é ruim, porque ele te põe em uma...ele te cerceia a nossa liberdade de expressão. Se a gente tem que cercear a expressão, Machado de Assis, Caetano Veloso, Monteiro Lobato, vários escritores, Gilberto Freyre, Jorge Amado, vão ter que ser revistos" (sic) A pessoa é ignorante, né? Só parece, porque quem disse essa atrocidade foi Eva Albuquerque, que é, pasmem, professora de Português da Poli, curso preparatório para entrar na USP Vejo que muito profissional da docência, princ...

Acho que agora eu sei porque fui atuar na área de Direitos Humanos Uma coisa que sempre passei, desde a infância, foi a violação de direitos humanos, principalmente pelo fato de ser autista. No contexto escolar vivia sofrendo bullying (assédio), o que me fez, na época, ter uma visão bem negativa da escola, além de me fazer odiar pelo fato de ser quem sou, um neurodivergente, uma pessoa com deficiência Demorei muito tempo para me aceitar justamente porque não via, no meu entorno, alguma figura que representasse algo que eu poderia ser, um autista que falasse para mim "é possível". Na vida adulta, descobri o ativismo não só de autistas, mas de toda a neurodiversidade e da deficiência, só sinto que poderia ter descoberto antes O ativismo me fez ter um conhecimento mais profundo sobre Direitos Humanos, o mesmo que é tão criticado pelo senso comum de que "defende bandido", o que é bem diferente da realidade, que é promover uma vida mais digna a todos Desde a infância eu ...

Uma coisa que precisa ficar evidente sobre os preconceitos existentes voltados a identidade, como capacitismo, racismo, LGBTfobia e machismo, é que todos eles são divisões de um ideal de corpo "normal" (homens cis branco e sem deficiência), ou seja, é consequência de um ideal de eugenia Muito se fala de eugenia como um processo biológico voltado a questão racial, porém não é só, o pensamento eugênico afeta nossas vidas e podemos nem perceber Casos como querer que o filho nasça branco, ou tenha cor de olhos diferentes, ou mesmo não tenha deficiência, são exemplos Casos como esse são os mais explícitos, mas há também uma pessoa preta que sofre racismo, um autista não oralizado que tem sua decisão invalidada, ou mesmo uma pessoa trans que tem receio de transicionar por causa da família, tudo isso é a imposição de um "normal", um "padrão" Quando o naz aplicou esse ideal com o máximo de intensidade possível, foi aplicado a partir do seu "normal", algo...

A "Dra." Tielle Machado fez um documento chamado "Os 5 mitos do autismo que todos os pais e médicos devem conhecer", eu não vou me aventurar a tentar explicar tamanha aberração, só digo que é repugnante, desinforma, é a canalhice e charlatanismo em seu estado mais cristalino, atrapalha, é um livro que não deveria ter sido concebido, pois é um material que promove um pensamento eugênico, é baseada em uma concepção de Saúde reacionária, completamente biomédica, me lembrando a europeus usando de uma "suposta ciência" para manter toda uma identidade subalternizada baseada em "evidências" Essa profissional deveria perder o CRM, ou no mínimo ser denunciada ao conselho. Profissionais desse nível fazem as críticas a Mayra Gaiato serem "um belo passeio no bosque feliz" --- 22 de maio às 18:33 Fonte https://www.facebook.com/ricardoFF3D/posts/pfbid023WkxhypHYYxMnBPFu66qAdqJYE8P3wdJAFXjWQ8jBdkygyV8Nzbz7B5sighDLLtzl

Uma coisa que preciso falar, quando abordo sobre acesso e acessibilidade dentro das universidades públicas, estou abordando também sobre questões voltadas ao ensino presencial e remoto, seja em aula, palestra, mesa, eventos em geral O problema é que, mesmo entre quem pesquisa sobre acesso e acessibilidade, incluindo deficiência, há um certo conservadorismo que acaba promovendo, na ponta, exclusão de grupos de pessoas Há uma visão que propõe colocar um falso debate de escolha de ter ou só presencial ou só remoto, ignorando que, escolhendo um, excluem grupos do ambiente acadêmico, impedindo o conhecimento e titulação (titulação essa que auxilia em outros acessos) Mas por que não podemos ter os dois? Isso é algo que me pergunto e que vejo alguns acadêmicos insistirem em negar como um debate sério. Entendo que há a questão de recursos financeiros das universidades (que é um problema histórico), o problema é deslegitimar esse debate, enquanto continua esse discurso hipócrita que alguns colo...